quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mais uma Historinha

Então eu rejuvelhecia
Virava uma princesa
A vida era só fantasia
O amor te fez meu principe
Talvez fosse tudo verdade
Minha lei só autorizava felicidade
Pouco importava quem visse
Só era escrito o que o coração disse
Nosso castelo era blindado
Por um elo de anjos armados
Com segurança garantida
Todos a favor
A gente já não tinha medo
Pela frente não se via dor
Você só andava sorrindo
Eu era a juiza desse conto lindo
Dava até pra acreditar
Ingenuidade minha
Pensar que não haveria mais saudade
Um amanhecer foi fatal
Pra acordar sozinha
Era demais pro meu quintal
Toda essa historinha...

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Curso de Atuação para TV e Cinema/ Victor Ferrade



Direção: Victor Ferrade

Deslizando em Veludo

Eu queria um beijo
Pra ser só desejo
Tudo o que vejo
Deixar de ser mudo
De se queixar deslizando em veludo
A vida vai andando
E as feridas cicatrizando
O que for poesia fica
Na dor ou saudade
As voltas que a cidade dá
A noite que resmunga o mar
Em água profunda mergulhar
Aonde afunda as mágoas
E se deixa livrar
De tudo que for pecado
Passados imundos
Vão ficando isolados
No vão da escuridão
Os dias passarão
E só o que for fantasia
Vai ficar guardado!

 
(praia de Copacabana)
 

domingo, 25 de agosto de 2013

Nosso Dom

Rasga o meu coração,
que eu arrasto o teu
Me enche de emoção
Se assume meu
Por um momento,
um único instante
Me faz o teu pouco
Que pra mim é o bastante
Me dá um prazer louco,
que nem é tão bom
Me mostra como o nosso amor,
é na verdade um dom

palavras no ventilador




Voz e Edição: Alexandre Filho
Letra: Bia Fares
Voz e Letra: Silvio Junior
Masterização e Edição: Joan Job
Vídeo: Rafael Vaz

visao de um manifestante pacifico - alerj (20/06)



(Lucas Souza, Alexandre Federico e Bia Fares)



Que vergonha
A policia chega
E acaba com o que a gente sonha
Governo, sistema
Malícia que mente, ,monte de meio termo
machuca, abusa, encena
Abafa a voz e a respiração
E eu crente
Que vim pra mudar essa falta de razão
Nem minha flauta posso tocar
Será que até pro mar
Tá proibido de olhar!?
Mas não
O meu povo desenibido não vai se calar
Aqui não é só carnaval
Não é vendaval
Não vamos fugir pr’ outro quintal
Que esse é nosso
Nesse eu posso, nesse que é meu
Eu vou tirar sua maldade
Desses olhos meus sem você ver
Cheios d’água vão deixar de ter saudades
Ser só bem, enterrar as mágoas
Passaram
Eu vou
E você não vai se esquecer
Dessas águas que rolaram
eu vou
e você não vai se esquecer
 dessas queixas que rolaram,
que vem bem por merecer

sábado, 24 de agosto de 2013

Meu Quintal de Louco

Sou tua poeta amadora
Tua amiga, tua protetora
Sou teu sexo, tua filha
Teu amor, tua armadilha
Sou toda tua de vez enquando
Sou tudo em uma só
No meio de um pranto
Sou teu anjo, teu encanto
Tua protegida, teu abrigo em cada despedida
Te tenho amigo do meu lado
Te tenho tudo em um grito desesperado
Te tenho luz no meu caminho
Paz que acende meu corpo tão sozinho
Me faz poeta de versos loucos
Perversos que faço louca
Pelo teu jeito todo especial
Pelo teu charme que é demais pro meu quintal

O Mar é o Segredo

Vivendo cheguei aonde estou
Por bares passei
Descobri a leveza de viver sem pudor
Vi o sol e a lua

pelas ruas
Aprendi a admirar as diferenças
Vi a inocencia na maldade
Descobri o que é morrer por dentro
De uma saudade sem razão
Aprendi a lingua do vento
E que o mar é um segredo,
Calmante melhor pra espantar a tristeza
Vi toda a beleza numa simples flor
Senti que um falso adeus dá desespero
Se existe amor
Aprendi a conversar com Deus
E que ser triste é opção
Descobri como ser feliz é bom
Aprendi a ouvir o que não se diz
A fugir as vezes
Mesmo que só dentro de mim
Hoje sei que o perdão é um dom
Adquiri pra ser melhor
Agora eu sei que a grandeza de ser humilde sempre pra aprender
É o maior tesouro que eu posso ter


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Vida Avessa

diante dos meus olhos
um porta retrato
e se quiser até molho
meus pés nas águas do mar
mar que espanta tristeza
mágoas
mergulho minhas mãos até o corpo todo
sozinha com a minha caneta
misturada com os loucos
escrevo que nada foi em vão
não to mais careta
minha vida avessa
rende aprendizados
só eu sei o meu presente,
meu passado
sou atriz e não minto
mas só eu sei o que realmente sinto
o lugar de cada cicatriz

Aos poucos, de uma vez

tudo é paz
a noite não dá sono
fim de tarde me apaixono
tudo é demais
o calor arde na pele
arde tanto até que fere
já não meço palavras
peço só que apareça
quando der pra aparecer
talvez nem eu mereça
esse caminho sem linha
pensar em ficar sozinha
dá um carinho, faz um chamego
pode dormir do meu lado
não vou fugir
por você tenho apego
seu jeito safado
meio louco
me pegou pelos braços
aos poucos e com rapidez
uniu nossos laços
de vez

domingo, 18 de agosto de 2013

Samba da Corda Bamba


Nessa corda bamba
Aqui no rio a gente samba
Com o vazio que nos dão
Os grandes mentem
Não nos dão a mão
Enquanto as ondas não param
De mudar
A noite vem pra te levar
A bohemia, liberdade das agonias
As saudades em um copo
poemas soltos
Eu topo!
Em Ipanema dos loucos
As escuras escode os defeitos
Do cotidiano que é nossa vida
Os anos passam e as marés ficando despercebidas
Falta cultura, escola
Mas o moço com a sacola
Toca flauta na esquina todo domingo
Pra aquela menina
Rio dos artistas
Que já andam dormindo demais...
A risca de sobreviver
Toda essa ganancia, abundancia do governo
Nos deixa menos sagaz
não deixa ver mais
Os morros, as vistas
E o que não deixa  morrer assim
É a queixa do por do sol
todo fim de tarde na praia
Sempre presente, fugindo do fim
Bate no peito mais amor
Pra quem sente, o que eu sinto e mim
   
 

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Nada sei

Brinquedo as vezes é amor
Mil sonhos sem pudor
A vida não faz sentido
As vezes sinto paz no meio do perigo
Pra mim nunca é demais
No caminho eu perco o rumo
É tudo ou nunca mais
Se eu quiser eu sumo
Sou toda liberdade
Com saudade boa
Do mar que é levado pelos ventos
Soa apenas os bons momentos
Sigo só feliz
Nem sempre com a vida que sonhei
Mas a cada dia vivendo o que se quis
Hoje eu sei
Que se leva uma vida
Pra tentar se auto conhecer
De mim eu não sei nada
Menos sei algo de você


(Copacabana 1890)

Contradição

Do que é estranho de se viver
Vem um arranho do céu
Jogando ao léu toda a razão
Abrindo espaço ao amor
Em um compasso sem pudor
Giranto em torno de mim
Um poeta louco me diz
Que o jeito é assim
Ser profeta de um momento
Pra se fazer feliz
Uma contradição
O poeta sou eu,
A eterna aprendiz

Carta de Água Ardente

Ponto de referencia
Diante da grande ausência
Pego o telefone e ligo pra ouvir a sua voz
Não á rastros sobre nós
Não houveram beijos ou declarações
Nem ao menos canções

me dei o trabalho de escrever
E de todo o acaso,

essa simples poesia,
foi feita pra você
Um desejo inrustido,

sem necessidade de realizar
Uma saudade sem explicação,

sem coêrencia,
de um perdido que não existe
Uma insistencia,

que dá vontade de te ver e abraçar
Em meias palavras e vira lata, safa!

como a gente
Esse foi feito pra você, como uma carta de água ardente.

Nada do que Sonhei

Madrugada me aguarda
Pra minha complicação se expor
Em vão me ponho a pedir favor
Nunca entendo nada
Porque não me entendo
E será que a vida é mesmo pra entender?
O que eu faço é viver,
Me rendo aos meus desejos
As vezes até assusto
Meu impulso é imediato
Não é mais um truque de teatro
Eu só quero um beijo
Um carinho,
Um alguém que seja forte
Pro meu corpo não ficar sozinho
Então protege,
Me dá a coragem que eu não tenho
Quero ver pra mim um grande empenho
Noite vai... dia amanhece
Nada do que sonhei, acontece

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sem Censura

Quando você me chama
Eu perco a censura
Só penso em cama
Some a amargura
E a gente se ama
Com o amor mais vagabundo
Forçando uma liberdade
Que nos leva ao sentimento mais profundo
A cada momento do seu lado
Eu ganho o mundo

Não mais sozinha
Com o nosso passado
Sempre resgatado
Rasgando um coração
Quase amarrando sua mão

Na minha

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Sorte de Rio

Rio de Janeiro
Aonde o mar se entrega inteiro
Rende-se azul cristal, assanhado
Deixo que meu corpo seja todinho beijado
De modo especial
Mendigo pelas ruas algum carinho
Diante da nossa noite nua
Só não pode ficar sozinho
Rio de Janeiro, zona sul
Dia-a-dia, que só os loucos sabem admirar
Praia de ipanema
Pra nós não é pouco
Deitada sobre a canga
O sol me abraça, me enlaça num passo norte
O céu faz uma cena de cinema
Enquanto me envenena de calor
Como tenho sorte
Amor por copacabana
Daqueles que não dura uma semana
Até a alma mais pura
No Rio de Janeiro
É capaz de ir pra cama
Diante do nosso paraiso apaixonante
Com calma, se faz amor o bastante




domingo, 4 de agosto de 2013

Cinzas no Escuro do Quarto


Te olho nos olhos

Desabafo meu sufoco
Meu tom é rouco
E tão sincero
Quase sempre me embaraço
Não quero te convencer
Basta o que eu sei
De você não espero só mais um corpo pra me aquecer
Existe em nós um amor capaz de sempre renascer
Como tintas em um quadro
Damos cores as cinzas no escuro do seu quarto
Todo o triste se vai
O dia amanhece e me traz
Uma poesia cantarolada em voz de veludo
De uma louca apaixonada
Por um coração que optou ser surdo
Depois de tanta porrada




(Mirante Chapéu do Sol/Lagoa Rodrigo de Freitas, antes do Cristo)
Direção: Victor Ferrade

sábado, 3 de agosto de 2013

Loucura do ser Humano


Dessas águas que rolaram

eu vou

e você não vai se esquecer

 dessas queixas que rolaram,

que vem bem por merecer

Sem cortesia das mascaras

a noite toma atitudes drasticas

na virtude das poesias

em agonia a tanta realidade dura

as escuras vive a maldade

que a gente nao mata

sobrevive

com saudades

que ontem eu tive

a ponte que liga a vontade

com o que a gente ativa

se levanta e faz

não tem segredo

ninguém se esconde em uma manta de medo

o tempo não é capaz

uma hora ele mostra

no insento do vento que passa

encosta no rosto

toda história

todo gosto

a loucura do ser humano

que por si só já é tão insano

obrigado a viver no vão

de uma estrutura

mas falta a cultura

educação

os hospitais tão banais

e a gente aceita

enquanto a receita

é se libertar

no sol que nasce é só mar

a terra que meus pés písam

é rio

eternamene vadio

nunca vazio de amor

que sente

loucamente e sem pudor