sábado, 27 de outubro de 2012

Se eu te contar insanidades



se eu te contar
todos os sonhos que sonhei
os dias que deixei
as poesias que rasguei
se eu mergulhar no fundo do oceano
pra sentir o profundo
do ser insano
ou se eu ficar aqui
e fizer melodias
e quiser esse dia a dia
nas minhas mãos
você diria que não?
se eu ficar aqui
e só contigo fugir
sem perigo, sem maldade
do jeito que você quis
pra não ter saudade
pra ser feliz na nossa insanidade

Curso de Atuação para TV e Cinema/ Victor Ferrade


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Bis

saudade da segurança
do sorriso de criança
do abrigo pro meu corpo
de receber carinho, sendo bicho solto
das noites, do vinho
sinto falta quando não me liga
e há quem diga que seja mentira
talvez até eu mesma diria
se visse ao longe nossas vidas
você traz bem, traz conforto
não temo a despedida
se fez meu porto
e eu gosto tanto de você
quando me perdoa por nunca ser sua
sua alma é boa
com calma dá pra te fazer feliz
por perto
sempre livres pela rua
você vai gostar e pedir bis

desabafo de alma, verso sem sentido que acalma, se exala, grito contido que arremeço, não meço palavras, não regresso. vamos levantar as espadas, pedir revolução, com o povo unido ninguém pode dizer não.

O desabrochar do Mar


águas passadas
bebidas derramadas
perdidas em mágoas
eu fui
e já não sou tanta água
sou santa do mar que flui
entidade
sem mais saudade pra cantar
quero meu bem,
espero o meu lugar
quem sabe é você mesmo
que vai sempre me levar
não sai do meu lado
meu corpo sente
mesmo atordoado
todo amor, 
o desabrochar de uma flor
quanto encosta sua pele na minha
quando meu pé com o seu caminha
e enrosca suas pernas
óra sou sua mulher
agora
sou sua eterna, o que você quiser

Olhos moreno


os seus olhos, moreno
faz do meu mundo pequeno
escorrer entre os dedos
ou não?
na vida e os segredos
já não existe razão
já não fico triste
tirei meus pés do chão
vou sair por ai
procurando o seu gosto
seu corpo é o fruto barroco
composto todo romance
ladrão das minhas poesias
as roubou espalhando ao vento
não me deu nem chance
inibindo nossas fantasias
atrasando nosso tempo
em som mudo essas melodias
ao som de um violão
a voz rouca e sombria
um bom vinho pra uma noite sozinha
quem sabe alguém por ai, espia...